"Saio na rua e me chamam de capitão até hoje. Acho que foi com 'Tropa' que o assédio começou a aumentar. No 2, o miliciano que acabou sendo feito pelo Sandro Rocha foi escrito para mim. Infelizmente, não pude fazer por causa de 'Viver a Vida'. Foi uma pena, mas o Sandro fez com muita maestria. Quem sabe se tiver outro filme, eu não estou lá de novo? Eu ia ficar muito feliz!", diz.
Sobre o assédio, cada vez mais intenso já que o ator vem chamando atenção no horário nobre, Marcelo pondera: "Gosto do carinho e sei que dependo do público, mas quando o contato é muito físico e as pessoas ficam me pegando, me incomoda muito. De vez em quando, quero ficar calado e falo rapidinho. O assédio é exagerado às vezes, tem gente que passa dos limites".
Os paparazzi também não são um dilema na vida do ator, que diz não sofrer com eles, apesar de morar na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. "Eles sempre foram muito respeitosos comigo. É simples. Se não quero ser fotografado, não vou ao Sushi Leblon, na orla da praia do Leblon...", destaca.
Vida pessoal
A Lagoa, aliás, foi o cenário escolhido para o ensaio exclusivo do ator para o EGO. Em um de seus locais preferidos, Marcelo posou ao lado de seu companheiro, Calvin, um dálmata muito carinhoso e agitado.
"Sempre ando por aqui, adoro caminhar. E sempre que consigo tempo, gosto de passear com o Calvin. Como não sou casado e não tenho filhos, é ele que me ocupa. Gosto de cuidar dele, ficar próximo. Ele é o cachorro mais bonito do mundo, é perfeito!", baba o ator.
Perguntado se ainda tem vontade de ter filhos, o ator não descarta a possibilidade, mas garante que, se acontecer, não será em breve. "Às vezes eu tenho vontade, mas depois passa. Acho que não pintou a hora certa ainda. Quase tive quando tinha 19 anos... Ainda bem que não aconteceu. Acho que não ia ter conseguido seguir a carreira de ator", revela.
Budista convertido há cinco anos, Marcelo diz que a religião o ajuda a enfrentar a correria do dia-a-dia de trabalho - além de "Insensato Coração", ele também está em cartaz com a peça "História de Nós Dois" - e conta que medita duas vezes ao dia.
"Sou nervoso. O budismo ajuda a me acalmar. Medito sempre, duas vezes ao dia, normalmente. Me ajuda a elevar minha energia vital. Quando não dá tempo de fazer em casa, recito o mantra no carro", explica.
Trabalho
Em ótima fase na carreira, Marcelo se diz "realizado e feliz". Ele confessa que é difícil conciliar o trabalho na TV e no teatro, mas afirma que está adorando este momento: "É muito gostoso. Tenho prazer em trabalhar".
"O trabalho na novela está ótimo. Se melhorar, estraga. O Júlio é um personagem muito abrangente, com uma família cheia de conflitos... É uma oportunidade maravilhosa. Estou adorando trabalhar com a Deborah (Evelyn), que além de excelente atriz, é ótima companheira. Muito inteligente e divertida. Ter o Dennis (Carvalho) como diretor também é muito bom. Ele é um dos poucos que libera a gente para fazer teatro, adequa os roteiros para fazermos as peças. Isso é muito importante", elogia.
"História de Nós Dois", peça onde ele atua ao lado de Alexandra Ritcher, já está arrancando risadas do público há dois anos. Atualmente, o espetáculo está em cartaz no Teatro dos Grandes Atores, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Em setembro, eles devem estrear em São Paulo.
"Sempre fiz muitos dramas com a Cia dos Atores, a companhia da qual eu faço parte. Fiquei 20 anos fazendo teatro cabeça, frequentando festivais no mundo todo. Fazer comédia é muito bom. Antes da peça, fiquei três anos em cartaz com "Divã", com a Lília (Cabral). Eu e a Alexandra já estamos trabalhando há tanto tempo juntos que estamos praticamente casados", diverte-se.
Com a agenda apertada há tantos anos, Marcelo não vê a hora de conseguir tirar algum tempo de férias para poder conhecer algum lugar novo. "Quero tirar pelo menos um mês depois que acabar a temporada da peça em São Paulo. Gosto de viajar pelo mundo. Me ajuda a ser criativo e me manter tranquilo. Estou precisando conhecer algum lugar novo. Talvez Tailândia ou Vietnam", planeja.
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